Ao Balcão
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTznn1aBVLZHgbKzC0lTogCCnvCQBrJabgJuQc_l4psGDEmnljYVme23dET8wGiKKFN1-ly6ukN4qScIBRgUdOp9mBBU4ZB-ZZbar-nXG_BVM7J4AX8zsTt_D_zP_4Nji3jRGu/s320/3785121.jpg)
As vergonhas baixadas pelo caminho do balcão, sempre deram para acalmar a pressão sentida. Olharam solitários aqueles enquanto passava, o espanto na cara do velho que naqueles dias por ali espreitava, amarga caminha pela ponte, sentia o chão na ponta da bengala, que é como quem foi na ponta dos seus pés. Estava em ritmo o passeio que dava, a vinho corria com os seus cabelos e ela o carregava. O copo dava-lhe frases contadas por medida, a ter sempre em conta. De degrau a degrau o velho morreu enlouquecido no tempo.